quarta-feira, 20 de maio de 2009

Bem Passageiro

Tudo parece conspirar.
A felicidade se contorce
Tenta sobreviver naquele ínfimo momento.

Uma sombra negra cobre o mínimo faiscar da luz
Como flor em um pântano
Úmido e triste
Esforça-se entre a lama
que insiste perturbar
seu crescimento
brilho
resplendor

Nada por perto
A brisa nem mesmo sopra
as obscuras nuvens permanecem.

Por um breve momento
veemente sopra o vento.
Tudo se move

Há o renascimento,
O clarão banha cada vestígio de escuridão.
Mas é rápido.
E como outrora, tudo se torna trevas.

Eu te amo

Foto: Daniela Caroline


"Eu te amo" 

não compõe meu vocabulário,
senão se torna medíocre
é ridicularizado.



"Eu te amo"

Tem que vir da essência.
Arrebatar aquele que diz,
Tocar a alma daquele que ouve.



"Eu te amo"
Suave e Angelical


Alivia e Entorpece

Faz sorrir um coração debilitado.
Purifica.


"Eu te amo"

Desfalece os sentidos
e inunda o espírito.



"Eu te amo"

Simples.
Insubstituível.---





P.S: Eu te amo minha brisa

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A Menina

"...ela permanecia ali, sentada, em um banco rígido , de onde fluía a frieza do concreto a espera do ônibus que demorava, porém, nada a a aborrecia, nem a afligia , sentia o seu interior límpido, tranquilo e somente observava os momentos ao seu redor.Naquela dia apesar da luminosidade o céu estava coberto por nuvens densas mas de cor suave, apenas alguns tufos esparsos possuíam cores tensas , nenhum raio de sol ultrapassava aquele manto.Sob aquele céu feixe de luz algum tocava o chão, mas tudo estava abafado, mesmo com o transitar dos transeuntes e automóveis tudo parecia continuar imóvel, nem uma leve brisa oscilava entres as árvores e estas permaneciam paralisadas, não havia um leve tiritar de suas folhar, os únicos barulhos que fluíam eram as vozes distantes e abafadas dos transeuntes e as rodas dos automóveis sobre o ladrilho de pedra. As árvores com o passar dos carros balançavam preguiçosamente, quase imperceptível, se esforçando ao máximo para se manterem quietas, estáveis, como se sentissem dor ou preservassem sua energia para algo vindouro.Tudo continuava igual e a menina não se incomodava, apenas admirava aquele instante único, sem se preocupa..."