quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Imaginar sem Limites

Vagando sem destino
Numa imensidão de mar
Onde a luz se funde aos objetos
e manipula o nosso olhar
e o azul se confunde com o infinito.

A liberdade aqui não faz sentido,
simplesmente por não existir realidade oposta
(Afinal o que seria o "bem " sem o "mau")

Sem esforçar se perde o chão
Toca o arco-íris e muda as cores de lugar
Num descuido escorrega
e cai num pote que todos duvidaram existir

O piscar de olhos é infinito
O tempo não segue em linha reta
Risca cursos, cria curvas, faz a forma que desejar.

E continuo vagando sem destino...e só.
Sem nem mesmo sair do meu quarto.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Incomodo Prazeroso


Minha cama tem cheiro de amor
Desejo, vontade
Tudo junto, misturado.

Cheiro de puro sono,
aquele sono que se consuma em mármore
Cheiro daquele perfume
já quase extinto.

Cheiro de puro pó
que se acumula durante dias
sob o mormaço do sol.

E agora, com estes lençóis tão esticados
de forma simples e jogada
ainda sinto esse cheiro que me incomoda
de forma inebriante.

Colecionando Sonhos


Quero me jogar na areia quente e sentir a água que chega silenciosa e sapeca brincar com os meus pés.

Quero sentir seu braço forte me apertar contra seu peito, enquanto sua mão afaga meus cabelos e seus dedos percorrem ligeiramente meus lábios.

Quero encher baldes de tempo que não passa, de tempos que o relógio corre sem cessar e cessa sem correr.

Quero colecionar coisas que todo mundo tem, brincar de roda, ciranda, pulando corda até cansar.

Quero querer sem fins, sem motivos para querer, quero sonhar pois nada se paga.

E de tanto ajuntar tanto querer, e sonhar sem ao menos saber o porquê, colecionadora de sonhos me tornei.