quarta-feira, 7 de abril de 2010

Obstáculo



Sair deste mundo que insiste em me fazer engolir

Realidade pura e amarga

Penetrar numa imensidão de sonhos que jamais vividos

E em demasia saciar estes sentimentos de loucura que sufocam


Entorpecer de sentimentos que não pereçam

Desculpando a própria culpa que corrói o âmago.

 Fogo abrasador, desatina o mais racional dos seres,

Num amiúde borboletear a provocar vertigens.


Nada serei, nada viverei,

A criação dos próprios sentimentos em carne.

Ilusionismo, a face de um erro.

Obsta o percorrer da vida, um rio intermitente.





Daniela Caroline

Quem te conhece, não esquece


Sou filha dessa terra
de tantos mares de morro
de horizontes tão belos
que emolduram o céu infinito

Sou filha dessa terra
de construções antigas, barrocas
de construções modernas,
tecnologias a todo vapor!

Sou filha dessa terra
de velhas marias-fumaça
que tem cheiro de cerrado
e gosto de pão de queijo

Sou filha dessa terra
de raízes profundas
de boa gente
que se agrada de uma boa prosa

Sou filha dessa terra
filha da capital
de bares em cada esquina
e comida boa

Sou filha dessa terra
Sou de MInas, Uai!
Com muito orgulho
Com muito amor!

Estações da vida



Consciente da própria incoerência
Caminharei sobre as folhas de Outono
Murchas e secas
como quem sobre elas caminha

Passarei por este inverno
Claro, mas rigoroso
Gélido para a própria alma

Com um fio de esperança
ainda permaneço a espera da primavera.
Que ela traga novamente as cores
e os ares de outrora

Mas o verão para mim
é fruto de minha ínfima imaginação
não tem forma
é distante
quanto um barco indo em direção ao horizonte.