quinta-feira, 17 de junho de 2010

Fugitiva

Jogo no espaço, no raio, no laço
na fresta, na aresta
que já quase se fecha
Essa aflição que mim alfineta.

Amarro meu sapato
Caminho, corro
Rua, estrada e viela
Casa , nuvem e além.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Desapego

Viver a vida em puro extase 
Contínuo e inacabado
Andar sem destino 
Falar sem objetivo
Sem convecer, nem ser convencido
Chorar sem um verdadeiro motivo
Sentir as lágrimas quentes a escorrer pelo rosto
Sentir o sorriso que desabrocha sem explicação
Sentir os passos no chão
Ser subjetivo
Ser além do real
Ser água, ponte
Mar aberto e terra firme.

'

Escrevo não pela criatividade, Deus sabe como esta me falta e se perde com tanta facilidade. Escrevo pelas minhas mãos ansiosas que se expressam involuntariamente, em convulsão, pela mente vonlutariosa que se abre inebriada e leve logo após regurgitar palavras mil que nem sempre fazem sentido literário, mas é como puro desabafo de um ser preso em seu próprio corpo, por barreiras um tanto invisíveis, com tamanhas regras a seguir e tantos medos gigantes a assombrar, é o desabafo do pássaro em uma gaiola que sonha com a liberdade.