sábado, 16 de novembro de 2013

Multicor

Que linhas estranhas são essas que me fazem repensar os meus caminhos
e relembrar da minha infância?
Caminhos embaraçados percorri e ainda meio tonta, vago sem muita precisão.
Torço eu, para que Deus lá do céu me guie pelo lado certo dessa trilha
Porque já ando assim, meio perdida, meio pra cá... meio pra lá
Tentando não tropeçar em nuvens e saltando balões coloridos.

Linhas emaranhadas, que formam teias e ninhos
e enganam pobre meninos,
que acabam se sucumbindo aos enlaces furta-cor.
Queria que o verão chegasse logo, antes que o sol de inverno se ponha,
Antes das lágrimas de arco iris evaporarem
e ser tornarem apenas nuvens brancas e sem graça.
 

sábado, 18 de maio de 2013

Enganos

Como seria bom se meu coração sempre dançasse ao som das borboletas,
Levado pela canção dos bateres de asas.
Desavenças, no entanto, o fazem oscilar, assim como fazem meus pés a beira do precipício.
Me nego a dar credibilidade, me nego a se quer pensar a respeito, mas meu cérebro me ignora totalmente.
Um dia ainda arranco este espinho q me incomoda,
Fui encantada atrás da bela rosa,mas esta me fisgou.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Sabe quando você precisa de alguém pra te dar carinho incondicional, te entender sem que você possa dizer se quer uma palavra, te mimar entre beijos e abraços e dizer frases que te faça se sentir alguém.
Alguém amável, alguém com alguma qualidade, mesmo que essa qualidade seja tão pequena ou praticamente inexistente.

Me sinto assim, desprotegida, não como uma flor frágil que ainda reluta em se manter em sua mais viva cor, mas como uma flor já pisoteada, que nem tempo de murchar teve. Me sinto com raiva, por querer tanto trilhar um novo caminho, mas que caminho é esse, não sei, me sinto com mais raiva ainda por querer viver vidas que não são minhas e nunca serão, mesmo que eu não saiba o motivo disto.

Sozinha e com raiva, de tudo e todos, sem nem mesmo me interessar o motivo disso, eu quero mesmo é que todo mundo se exploda, se não for pedir muito.

domingo, 14 de outubro de 2012

Em meu ser apenas escuridão.
Sorrio, mas meus olhos não sorriem.
Vago por um labirinto sem fim,
talvez de lá nunca mais saia
rodeada da falta de..
falta de.. não se sabe definir.

As ondas revoltas me tragam
o cansaço me toma.
As vezes só penso em me render,
deixar que a calmaria das águas me abracem
e me envolva nesse acalanto

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Sensação de abandono, de perda, de inferioridade
Enquanto um acorde de música triste toca ao fundo
lágrimas passam por mim, sem dar muita importância,
nem mesmo diz aonde vai.

Na minha cabeça, emaranhados de linhas
em cores acinzentadas como dia de inverno,
encobre cada momento de minhas lembranças.
Perdedora em tudo que faz, em tudo que almeja.

O futuro agora, são nuvens atormentadas
como a de uma boa tempestade.
E meu presente, tão atormentado quanto o futuro
e por enquanto, não se vê terra à vista.



quinta-feira, 21 de junho de 2012

Vida Sem Rumo


Como seria injusto culpar outros pelos meus erros e indecisões,
pelo meu incorruptível caráter,
já corrompido e rompido a tantos anos,
nem sinto mais a dor.

Embrenhando em caminhos ignotos,
com lobos maus e chapeuzinhos vermelhos.
Bem, a companhia não faz tanta diferença
desde que siga meus próprios interesses.

Indago a mim mesma, aonde vou com tanta pressa, com pressa alguma?!
Um balão subindo em direção ao céu.
Ascendente, sua cor luzindo aos raios de sol.
E o destino?? nada mais que O Desconhecido.



domingo, 22 de janeiro de 2012

Tristeza minha

Nossa vida é como mar
tão serena e calma num segundo
no outro, nuvens pesadas se aproximam
ondas revoltas nos tragam
O vento vindo de um lugar desconhecido
trás as amarguras, as angústias..
A tristeza...

Ah, essa tristeza...
que teima em vir  de onde não se espera
de onde não convém à ela
queimando todos os bons sentimentos.
Ah garganta trava, o coração aperta
enquanto isso você segura uma lágrima
que teima em rolar.

Mas quem lamenta pelas nossas tristezas
a não ser nós mesmos
ninguém ao menos compreende..
Aliás, ninguém ao menos toma consciência
da sua ... só sua, apenas sua, tristeza


sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Invasão de Almas

Dos teus olhos vejo brotar a música mais doce,
Sublime como o toque de uma pétala,
macia como camurça.
Destes mesmos olhos faíscam a brasa mais ardente,
penetra em meu âmago,
sonda a minha mente (mesquinha, por sinal),
que por vergonha se contrai, se retorce..
e resiste, à uma invasão tão intensa.
Olhos que me fascinam
me deixam apreensiva,
no entanto, curiosa.
Que os meus olhos também te surpreendam
 Ti invada com audácia
com valentia maiores que os teus.
Vasculhe as tuas entranhas,
quebre as correntes dos teus sigilosos segredos
E então... finalmente ti dispa de qualquer ruído.
Agora, como suavidade decifro,devoro,
cada nota, cada verso e prosa,
com a mesma voracidade que um carnívoro devora sua presa.



quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Personagem de mim

Um dia deixo de ser eu,
só pelo prazer de brincar em ser alguém que nunca fui
e quem sabe eu acabe gostando dessa farsa de ser e não ser
e ser novamente, reinventando a si próprio com algo de novo
ou velho, aliás, hoje reciclar é moda.

Então aquela personagem franzina que você criou
num piscar de olhos tornou protagonista
ator de grandes obras da vida mais vivida
e virou uma cena trágica, dramática, talvez um tanto romântica,
gritou, esperneou e...Amou e foi amado.

A linha tênue entre o ser e o ser personagem se apagou
e explorar foi algo novo, e agora quero apenas sentir,
sentir gera sentimentos incontroláveis e cheios de vigor,
queima a rotina com o beijo mais doce e ardente já sentido.

Não se distingui mais, não se vê mais separação
personagem de mim eu sou, conto história de velhinhos
conto histórias de festas de crianças,
contos histórias,  algumas nem ao menos são minhas
mas me divirto ao contemplar a vida,
de um ponto de vista só meu...ou será da personagem?


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Urgência

Quanto tempo sem vir aqui
Sem você por perto,
Sem sentir teu cheiro em minha boca,
Sem sentir teu gosto em meu corpo.

Agora saudade já se tornou desejo e solidão,
E me tornam escrava de impulsos.
Já tentei sulfocá-los, mas minhas forçasse esvairam
E tudo está a flor pele.

Prefiro que o vento me leve.
Me entrego a esses impulsos
Sem pudor, Sem medo
Tomada por um  amor que asfixia.