quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Personagem de mim

Um dia deixo de ser eu,
só pelo prazer de brincar em ser alguém que nunca fui
e quem sabe eu acabe gostando dessa farsa de ser e não ser
e ser novamente, reinventando a si próprio com algo de novo
ou velho, aliás, hoje reciclar é moda.

Então aquela personagem franzina que você criou
num piscar de olhos tornou protagonista
ator de grandes obras da vida mais vivida
e virou uma cena trágica, dramática, talvez um tanto romântica,
gritou, esperneou e...Amou e foi amado.

A linha tênue entre o ser e o ser personagem se apagou
e explorar foi algo novo, e agora quero apenas sentir,
sentir gera sentimentos incontroláveis e cheios de vigor,
queima a rotina com o beijo mais doce e ardente já sentido.

Não se distingui mais, não se vê mais separação
personagem de mim eu sou, conto história de velhinhos
conto histórias de festas de crianças,
contos histórias,  algumas nem ao menos são minhas
mas me divirto ao contemplar a vida,
de um ponto de vista só meu...ou será da personagem?


segunda-feira, 9 de maio de 2011

Urgência

Quanto tempo sem vir aqui
Sem você por perto,
Sem sentir teu cheiro em minha boca,
Sem sentir teu gosto em meu corpo.

Agora saudade já se tornou desejo e solidão,
E me tornam escrava de impulsos.
Já tentei sulfocá-los, mas minhas forçasse esvairam
E tudo está a flor pele.

Prefiro que o vento me leve.
Me entrego a esses impulsos
Sem pudor, Sem medo
Tomada por um  amor que asfixia.

domingo, 13 de março de 2011

Dia-a-Dia

Meu pés bailam à luz dos vagalumes
As cortinas dançam ao som do vento
Que trás de bem longe frias recordações,
Daquelas quer se fazem de tudo pra se lembrar
E mais ainda pra se esquecer.
Notas musicais escorrem pela minha boca
Formando uma melodia desconhecida
Conta histórias de um povo esquecido
Mas que eu a muito conheço
e cantarolando a minha sina prossigo
Oh história sem narrativa
Fortes ousadias
Apenas melancolias repetidas
Mas contudo me empolgo,
Me agito em torno da fogueira
E meus pés continuam a bailar
E as notas musicais a me envolver como brisa
Até o dia em que o sol se apagar.

Vida minha

Da minha vida faço um livro sem páginas,
sem letras aparentes , sem rumo, sem começo, sem meio,
porque fim  todos temos.

Da minha vida de alegrias e tristezas
ilusões e razões que sempre se batem na encruzilhada
quando quero me expor de forma sã

Da minha vida que tudo levo
que nada tenho, que sempre almejo
e nem sempre alcanço

Da minha vida que Deus ampara
e ilumina do altos céus
para me inundar de esperanças

Da minha vida que as vezes se cansa
que sempre desanda
mas o bom... é que ainda vejo a luz no fim do túnel.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Alucinações Lúcidas

Ah sonho meu, porque foges de mim?
Sem nem ao menos deixar marcas
Que tragam esperanças.

Mas de todo me entrego
Atiro-me, sem desconfianças
Nem prévias (afinal são inúteis)
As circunstâncias são sempre passageiras.

Então um feixe luz de certo me atinge
Os céus sobre mim se abrem
Inunda-me, invade-me.

De certezas agora estou plena
Mesmo as incertezas são certas
Mas destas...
Só Deus poderá tirar conclusões.