sábado, 10 de outubro de 2009

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Vontade de caminhar ao vento e sentir o cair da chuva sobre minha pele.

Gotas d’água tão macias e suaves como o toque das asas de uma borboleta.

Vontade de ouvir o silêncio que entrelaça o lábio daquele que tem muito a dizer,
Palavras vãs, sem peso e consistência, cheia da moral que nunca possuiu.

Vontade de correr ao infinito e alcançar aqueles que realmente fazem falta
E dizer palavras bonitas para que nunca me abandonem.

Vontade de tomar sorvete num dia quente de verão
E deitar sob os cobertores no inverno que petrifica meus ossos.

Vontade de dizer, de gritar, de rabiscar o papel
Com a certeza de que o tempo tudo fará esquecer e envelhecer.

Vontade que não acaba, vontade em cima de vontade.
O sonhar é feito de vontades.


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