domingo, 17 de janeiro de 2010

Na Varanda

Chego, sento, observo
O franzir no canto dos olhos
As mãos que se esfregam com ansiedade
Os lábios que se abrem em grandes gargalhadas
As bocas se escancaram em gritos de euforia

Um véu espesso cai
Toda algazarra ocorre em câmera lenta
Não me sinto parte do momento, destôo da decoração
Apenas figurante de algo que não pertenço
Objeto deixado de lado sem mais utilidades

Assuntos que todos conhecem de muito
Olhares que respondem perguntas não feitas
Não entendo, Não compartilho, Não compreendo
Sou carta fora do baralho
Falo outra língua, pertenço a um lugar desconhecido.

Nenhum comentário: