terça-feira, 30 de março de 2010

Madrugadas de Insônia

Minha casa dorme num sono profundo
inabalável, imperturbável
Luzes apagadas denunciam a aérea de descanso que paira sobre o lar

Ouço o ressonar que saem dos quartos
Os móveis gemem
parecem se esticar de tanta preguiça noite a dentro.

Ouço também grilos cantando lá fora
com energia que surpreende
E se misturam ao som de motores e buzinas.
Um avião que vai ao longe
e arrasta com ele toneladas de ar
que insistem em se mover.
Rodas de carros e caminhões
que levam consigo pessoas que tem pressa de chegar a seu destino.

Olho para o céu entre as gretas da janela
ele está negro, rajado de nuvens acinzentadas, espaças
parecem querer pintar um raríssimo quadro.
A lua alheia ao mar de nuvens a sua volta
insite em brilhar no infinito céu.

Tanto alvoroço lá fora
mas o céu e minha casa...
parecem compartilhar da mesma infinita paz.

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